PARA REFLEXÃO

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu (...) tempo de estar calado e tempo de falar .
(Eclesiastes, 3:1-7)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Eta telha cara!

O projeto Aquarela fez escola em São Sebastião. Foram torrados R$ 7,1 milhões nesta empreitada e as constantes ilegalidades em obras sem qualquer licitação tiveram seqüência a partir dêle. Ao término do contrato com a UNIEMP o prefeito Juan já mostrava intenção de sua continuidade dizendo que outras empresas poderiam seqüenciar o projeto.
Dizia que o Projeto Aquarela era uma marca da Prefeitura de São Sebastião, não uma empresa; na realidade foi uma marca sua, com péssima imagem e nenhuma transparência. Enfim um grande engodo e diferentemente do afirmado pelo prefeito, uma empresa sim, instalada aqui, com o único intuito de lesar o erário público. Incontestavelmente foi uma forma "sui generis", e extremamente eficiente, no desvio e apropriação do dinheiro do povo.
Acompanhamos a Prefeitura, durante dez meses, malversar o erário de forma acintosa repassando verbas para pagamentos de salários estratosféricos e serviços simples como a substituição de uma campainha pela bagatela de R$ 638,22. Mas a saga continua.
O novo (ou contumaz) escambo ocorre no Complexo Esportivo do Varadouro, mais conhecido como “Gringão”. O extrato ao contrato administrativo nº 2008SEOP 161 – DCS, processo nº 86.008/06 cujo objeto é a execução de serviços de adequação da cobertura do Ginásio Poliesportivo José de Souza “Gringo” informa o valor de R$ 59.769,54.
Após lesarem o município em vários milhões, o valor até pode parecer pequeno (construir-se-ia duas casas populares com essa verba), mas demonstra a contumácia e persistência em desviar o dinheiro público; apesar da definição pomposa do objeto contratado, trata-se de simples substituição de três telhas galvanizadas e cinco metros de rufo.
Tentamos por vários caminhos e técnicas apropriar este custo, mas não conseguimos; é desvio puro e simples. É caso de polícia.

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