PARA REFLEXÃO

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu (...) tempo de estar calado e tempo de falar .
(Eclesiastes, 3:1-7)

terça-feira, 1 de julho de 2008

Austeridade e probidade segundo o prefeito Juan!

Por mais que denunciemos e provemos as irregularidades nas licitações, estas prosseguem com uma desenvoltura sem precedentes e o Município vem pagando a conta do desperdício e desvio de dinheiro público. É lei e toda e qualquer obra ou serviço quando contratada com terceiros, deve-ria ser necessariamente precedida de licitação.

Não dão a mínima para a lei e tampouco para o desperdício. Na costa norte existem várias obras em andamento e outras por vir e isto deveria ser muito bom para a população. Da forma como o dinheiro é tratado não é e a seguir demonstramos o motivo.

Andamos pela Enseada e Jaraguá e encontramos cinco obras e algumas coincidências: todas, sem exceção, são executadas pela mesma empresa e sem qualquer concorrência e quatro com aditivo. Quatro tinham placa irregular, sem as informações determinadas pela lei Municipal 1248/98, mas conseguiu-se levantar seus custos. A quinta obra, a do Centro Comunitário do Jaraguá, não tinha qualquer identificação, somente funcionários dessa mesma empresa.

A EM Mundo Encantado, com previsão de R$ 191.519,32, custou R$ 247mil (aditivo de 29%); a EM Professora Alice Rangel iniciando com R$ 152.136,68 e terminando com R$ 450 mil (aditivo de 196%); a EM Canto do Mar custo previsto de R$ 242.014,20 teve ao final teve um gasto de R$ R$ 600 mil (aditivo de 148%); a EM Enseada com previsão de R$ 161.868,35 custou R$ 450 mil (aditivo de 179%).

Por onde andará a pessoa severa, austera e a probidade administrativa tão decantada em todas as reuniões e inaugurações? O que ganhará a cidade com esta condução e canalização de obras para um só fornecedor? A diferença de preços é brutal e como parâmetro, mostramos uma cobertura (de péssimo gosto e superfaturada na época, com área bem maior do que qualquer destas obras relatadas), executada no Centro Comunitário do Jaraguá; custo R$ 126,7 mil.

Imagina-se que os aditivos são referentes a execução de cobertura e reforma do piso dessas quadras e se assim for, basta comparar e perguntar: cadê o resto da obra? Ou ainda, para o que ou quem está indo esta diferença?

Nenhum comentário: