PARA REFLEXÃO

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu (...) tempo de estar calado e tempo de falar .
(Eclesiastes, 3:1-7)

domingo, 13 de julho de 2008

Verdades e Mentiras

O inconformismo com os valores irreais, sem embasamento técnico e a falta de documentação técnica legal e necessária para uma licitação limpa e transparente, motivaram diversas denúncias de superfaturamento e desvio de dinheiro público, alem do surgimento deste blog.

Há muito tempo vimos demonstrando o descaso e a utilização do dinheiro público sem a devida cautela e lisura. O prefeito Juan acha normais as ilegalidades corriqueiras de nossas licitações, sem projetos, sem quantitativos, sem previsões fidedignas e diz, quando demonstramos que suas licitações são feitas desta maneira, e sobrefaturadas, que não é verdade.

A justificativa de que está fazendo obras de grandes proporções com altas cifras e que a nossa cidade não está acostumada, pois nunca foi feito, desvirtua a linha de raciocínio das pessoas que aceitam com naturalidade o gasto de valores aviltantes em pequenas, médias e grandes obras, com muitos aditivos e poucos quantitativos. A grande maioria da população carece de habilidade para pensar em termos de lógica formal, para estimar quantidades e valores e ter um senso de probabilidades e estatística e disto os perdulários e maus governantes se aproveitam.

Vejamos. A obra da Praça do Arrastão, superfaturada, e sem discussão de sua legalidade, custará R$ 348 mil. Nela temos pisos, paisagismo, laje sobre a praia, muro em pedra amarroada; a reforma da Praça do Surf teve apenas uma laje revestida com pedra sobre a praia e custou absurdos R$ 241 mil. A diferença é brutal e o desvio de dinheiro público plenamente caracterizado. Não há justificativas plausíveis, só constatação.

Ao invés da “laje ilegal”, ou com o dinheiro desperdiçado nesta, poder
iam ser construídas, por exemplo, oito casas populares como as da Vila Tropicanga. Existem dezenas de obras recentes com este mesmo "perfil e critério” e precisamos, urgentemente, deixar de aceitar passivamente tais fatos. Fiscalizemos o gasto do dinheiro público, comparemos os custos de obras aqui e acolá e não nos remetamos ao passado.

O passado foi resolvido e não mais governam; o real problema é agora, o superfaturamento, sobrefaturamento é atual, no nosso dia a dia, e é propiciado pelas pessoas que nos administram hoje.

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